quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A NOVA IGREJA: A REAFIRMAÇÃO NA PRESENÇA EUCARÍSTICA DE JESUS


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Infelizmente, muitos viveram e morreram sem ter conhecido e vivido o significado da Eucaristia. Lamenta-se este fato, por se saber que a Eucaristia, presença real de Cristo entre nós, é o mistério de amor que dá vida à Igreja, e dessa forma os membros da Igreja se tornam também parte do Corpo de Cristo, recebendo vida, e vida em abundância (1).
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Para apontar esta importância, já nos dizia São Tomás (In Jo 6, lect 6): “Imagina, durante a Santa Missa, que estás no monte Calvário, para ofereceres a Deus o sangue e a vida de seu adorável Filho, e, ao receberes a Santa Comunhão, imagina beberes seu precioso sangue das chagas do Salvador. Pondera também que em cada Missa se renova a obra da Redenção, de maneira que, se Jesus Cristo não tivesse morrido na cruz, o mundo receberia, com a celebração de uma só Missa, os mesmos benefícios que a morte do Salvador lhe trouxe. Cada missa encerra em si todos os grandes bens que a morte na cruz nos trouxe.
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Desnecessário é lembrar que a Santa Missa abre os tesouros da divina misericórdia em favor dos pecadores ao inclinar Deus a nos perdoar a pena e a culpa dos pecados, conforme lemos em Mateus, capítulo 26, versículo 28: “Este é o meu sangue, que será derramado por muitos para a remissão dos pecados”. A Santa Missa perdoa até os maiores pecados, não de forma imediata, mas mediatamente, conforme afirmam os teólogos, isto é, Deus, em consideração ao sacrifício do altar, concede a graça que leva o homem a detestar seus pecados e a purificar-se deles no sacramento da Penitência. Quanto às penas temporais, que devem ser expiadas depois da destruição da culpa, são elas perdoadas por virtude da Santa Missa, ao menos parcialmente, quando não de todo.
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No Antigo Testamento, os homens procuravam honrar a Deus por toda a espécie de sacrifícios; no Novo Testamento, porém, presta-se maior honra a Deus com um só sacrifício da Missa do que com todos os sacrifícios do Antigo Testamento, que eram só figuras e sombras da Sagrada Eucaristia. Pela Santa Missa se presta a Deus a honra que lhe é devida, porque, no meio dela, Ele recebe a mesma honra infinita que Jesus Cristo lhe prestara sacrificando-se na cruz. Uma só Missa presta a Deus maior honra que todas as orações e penitências dos santos, todos os trabalhos dos apóstolos, todos os sofrimentos dos mártires, todo o amor dos serafins e mesmo da Mãe de Deus. Isto porque todas as honras dos homens são de natureza finita, enquanto a honra que Deus recebe pela Missa é infinita, pois lhe é prestada por uma pessoa divina, o seu Filho.
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Devemos, por isso, reconhecer que a Santa Missa é a mais santa e divina de todas as obras. Nosso Senhor morreu especialmente para esse fim, para poder criar sacerdotes do Novo Testamento. Não era necessário que o Salvador morresse para remir o mundo; uma só gota do seu sangue, uma lágrima, uma só oração teria bastado para operar a salvação de todos, porque, sendo essa oração de valor infinito, seria suficiente para remir não só um mundo, mas também mil mundos. Para criar, porém, um sacerdote devia Jesus Cristo morrer, pois, do contrário, de onde se tiraria esse sacrifício que, por si só, basta para dar a Deus a honra que lhe é devida? Ainda que se sacrificasse a vida de todos os anjos e santos, mesmo assim, esse sacrifício não prestaria a Deus essa honra infinita que lhe dá uma única Santa Missa.
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“Para salvar todos os humildes da terra que me recebem e para lhes dar a vida imperecível, Eu passei a ser Pão para Me dar a vós. E, por esta comunhão, Eu santifico todos os que Me recebem, deificando-os, para que eles sejam carne da Minha Carne, ossos dos Meus Ossos. Partilhando-Me, a Mim, que sou Divino, vós e Eu passamos a ser um só corpo, espíritualmente unido, passamos a ser familiares, porque Eu posso transformar-vos em deuses por participação; pela Minha Divindade, Eu deifico os homens.”
 (Jesus à Vassula Ryden, em 16-10-2000.)
    
 
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Infelizmente, a presença física transubstanciada d’Aquele que renova,  realimenta e dá vida ao corpo de Sua Igreja, a Eucaristia, está sendo banalizada. Atualmente, milhares de padres e leigos duvidam da presença eucarística de Jesus. Muitos sacerdotes não dispensam a devida reverência e tampouco ensinam seus fiéis a reverenciarem e respeitarem o Corpo Santíssimo. Atestam isto com a tão usual distribuição da sagrada espécie nas mãos dos leigos e com as comunhões distribuídas aos fiéis, estando estes de pé, sem se ajoelharem em sinal de reverência diante do Corpo Santíssimo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Esqueceram-se da passagem bíblica que diz “.. que todo o joelho se dobrará a mim(2).
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A supressão (eliminação) do sacrifício perpétuo (Eucaristia) já tinha sido predita pelo Profeta Daniel (capítulo 12, versículo 11) quando disse: “Desde o tempo em que o sacrifício perpétuo for suprimido e erguido o ídolo abominável do devastador, passarão mil duzentos e noventa dias” e, portanto, os cristãos estão informados desta mudança que ocorrerá na Igreja.
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Será este o último e devastador golpe que será desferido na Igreja de Jesus Cristo, e que colocará à prova a fé de todos os que se dizem católicos. E quão fácil será suprimir algo que nem mesmo é acreditado pela maioria dos católicos! Vista como um simples rito comemorativo ou de caráter memorial, a Eucaristia, quando for suprimida, pouco ou nenhum estremecimento causará na grande maioria dos cristãos.
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Portanto, Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, convido a todos a anunciarem a verdade, com coragem, serem testemunhas da verdade, da Presença viva de Jesus Cristo. Testemunharem que Jesus está vivo. Serem testemunhas de Jesus Eucaristia.
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A Virgem Maria e todos nós, Igreja, sermos a Eucaristia, junto com Jesus. Pois a Virgem também é Igreja conosco. Ela é a Mãe desta Igreja e é parte da Igreja, junto conosco, desta Nova Igreja, porque foi renovada no amor do Coração Eucarístico de Jesus. 
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Somos aqueles filhos que acreditaram e perseveraram na Presença Eucarística, confiaram que a Eucaristia não abandona, que o Coração de Jesus não abandona nenhum dos filhos, jamais.
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E aqueles que confiaram não serão decepcionados, porque estarão permanentemente guardados dentro do Coração Eucarístico de Jesus Cristo, que é a própria Igreja renovada, porque todos nós fazemos parte da Eucaristia. É o Corpo Eucarístico, é o Corpo Vivo, fiel, que se dedicou, se dedica, e permanecerá fiel até o fim. E não serão decepcionados! Acreditem! 

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